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domingo, 13 de março de 2011

Nem Fla, nem Flu.

Por Guilherme Moreira.

Com um estilo de jogo feio e de muita pegada a dupla Fla-Flu fica em um 0x0 que certamente muitos torcedores vão querer esquecer. O ponto que possivelmente será lembrado daqui ha uns anos é que nessa partida estiveram presentes dois “vira-casacas”. Thiago Neves que já foi do Fluminense e hoje está no Flamengo e o Sheik Emerson que fez o caminho inverso.

No primeiro tempo dava a impressão de que o jogo seria bom, as duas equipes mostrando muita vontade e chegando bastante ao gol. Apesar da vontade os times demonstravam um certo nervosismo, principalmente na hora de acertar passes. Como estamos acostumados no campeonato carioca temos a parada técnica e é a oportunidade que os treinadores têm de acertar os erros de suas equipes, mas algo estranho acontecia no lado tricolor.

Conca tenta se livrar da marcação de Willians.

Muricy Ramalho que sempre dava jeito no Fluminense nesse pequeno intervalo, pouco falou com a equipe (estaria certa a especulação de que ele sairia do time que ele levou ao título brasileiro?). Mesmo depois do tempo técnico os dois times continuaram errando e apesar dos dois lados errarem bastante, o Flamengo foi o melhor em campo no primeiro tempo.

O segundo tempo veio e o jogo continuou a mesma coisa: muita vontade e pouca técnica. Para piorar a situação mais um personagem do jogo resolveu errar constantemente, o árbitro começou a marcar muitas faltas fazendo assim com que o jogo não fluísse. Apesar dos lances terem favorecido ao Fluminense o jogo fica chato se conduzido dessa maneira. Já que o tempo técnico não deu jeito no time no primeiro tempo, no segundo ele fez efeito. Muricy mesmo sem falar muito tirou Marquinho e Emerson (que saiu sobre uma sonora vaia da torcida rubro-negra) para colocar em seus lugares Souza e Araújo.

Muricy orienta os jogadores do Flu durante o tempo técnico.

As mudanças surtiram efeitos imediatamente, o time passou a trocar passes melhor e a ter um volume maior de jogo. Apesar de ter jogado melhor na segunda etapa o Flu não marcou e o jogo ficou num esquecível 0x0.

No próximo sábado o Tricolor tem uma chance de revanche contra o Boavista que o eliminou na semifinal da Taça Guanabara. O jogo acontece no Engenhão, às 19h30, horário de Brasília.

Adeus, Muricy.


Após o jogo, infelizmente, as especulações se tornaram verdade, Muricy Ramalho deixou realmente de ser treinador do Fluminense. O treinador alegou que o clube não possui uma boa estrutura e por isso optou por deixar o comando. O nome mais forte para substituir o atual campeão brasileiro é o de Dorival Junior, que atualmente treina o Atlético Mineiro.

Um! Dois! Três! Bernardo!

Por Anderson Thiago

É... Grande família vascaína, depois de uns dias afastados devido ao Carnaval e muita folia, em que o nosso bacalhau venceu o jogo contra o Duque de Caxias por 4 a 2, nós, rapazes trabalhadores da Equipe Joga Na Área, estamos de volta a atividade. E nada melhor que voltar com uma vitória.

O placar do jogo de hoje também foi 4 a 2, mas se engana quem pensa que o Madureira deu uma tarde de vida calma ao Vasco. O jogo começou movimentado e com uma clara manifestação da fraquíssima arbitragem do Campeonato Carioca. Aos nove minutos, Felipe lançou Élton, o Novo Camisa 9 da Colina dominou a bola, e chutou cruzado, marcando um belo gol anulado erroneamente pelo juiz, que seguia a orientação do bandeira. Após esse lance, o Vasco executou duas jogadas parecidíssimas. Só que desta vez Éder Luis, vivendo péssima fase e que deve perder a vaga para o próximo jogo, chutou duas vezes ao gol porém o goleiro do “Madu” conseguiu segurar e impedir o gol. No andamento, o jogo esfriou e foi assim até a parada técnica.

Na volta da parada, o Vasco continuou melhor e após alguns minutos, Bernardo e Felipe(melhores em campo) fizeram linda tabela e o jovem talentoso chutou cruzado, abrindo o placar, 1 a 0. E assim o jogo foi se arrastando até o final do primeiro tempo.

Bernardo foi o destaque do Vasco com três gols e já ganhou a torcida

Na volta do intervalo, ficou clara a má fase de Ramón na marcação e a carência do Vasco no setor defensivo já que Cesinha falhou em jogadas cruciais. O Tricolor Suburbano voltou melhor e pressionando demais o time de São Januário, fazendo todas as jogadas com Valdir em cima de Ramón, e cruzando em cima de Cesinha. Estava claro que o lado esquerdo da defesa do Vasco é extremamente fragilizado. O Gigante da Colina não conseguia se impor, e de tanto tentar, o tricolor empatou o jogo com um belo gol de Rodrigo, 1 a 1. E mais uma vez a parada técnica ajudou o Vasco. A dupla já vinha fazendo grandes jogadas desde o primeiro tempo e fez mais uma. Felipe, inspirado, viu Bernardo e lançou o garoto que bateu na bola de forma refinada, pondo mais uma vez o Vascão na frente, 2 a 1.

Nessa altura, o técnico Ricardo Gomes acreditou que seu time já havia resolvido o jogo e tirou o Maestro Felipe, o meia Jefferson entrou em seu lugar. O técnico vascaíno também tirou Élton e pôs Leandro, numa tentativa de desafogar as jogadas pela esquerda já que Ramón estava sendo massacrado. Mas de nada adiantou porque Éder Luís continuava perdendo gols. Valdir fez mais uma boa jogada em cima de Ramón cruzando para Adriano Magrão, que não teve a menor dificuldade para sair da marcação de Cesinha, e cabeceou para o chão marcando mais uma vez. O jogo estava empatado aos 40 minutos, 2 a 2, e nesse instante começou a passar um filme na cabeça da torcida cruzmaltina.

Mas ele outra vez estava lá. O novo garoto prodígio do Vasco, que eu tanto elogiei na época de sua contratação, completou de cabeça e marcou seu terceiro gol. Sendo assim vai pedir música no Fantástico!!! No lance seguinte, o salvador da pátria vascaína, saiu exausto com câimbras e deu lugar a Fellipe Bastos. Em seu segundo lance, aos 43 minutos, marcou mais um para o Vasco numa bela finalização, fechando o placar em 4 a 2.

O time está melhorando e fará uma campanha bem melhor nesta fase do Campeonato Carioca

O próximo confronto do Vasco é domingo contra o Botafogo, no Engenhão, ás 18 horas e 30 minutos. E além do clássico, será a estréia do novo candidato a ídolo vascaíno Diego Souza, provavelmente entrando na vaga de Éder Luís.

Clássico da Decepção.

Por Fabricio Teixeira

Caneladas, muitas vaias e uma arbitragem de 'um peso, e duas medidas'. Foi assim que Flamengo e Fluminense fizeram um dos clássicos mais esperados do Rio virar um jogo de várzea.

O primeiro tempo começou com o Fluminense partindo para cima, tentando acabar com a ótima fase do ínvicto urubu-negro da Gávea. Mas passados alguns minutos, o Flamengo começou a acertar o meio campo, e dominou o primeiro tempo. Thiago Neves mostrou muita vontade contra o seu ex-clube, e Ronaldinho teve lampejos de criatividade, deixando a torcida com a impressão de que hoje, finalmente, seria o show tão esperado pela torcida.

R10 teve pequenos lampejos de criatividade, mas não conseguiu ser decisivo para o time do Flamengo.

Com R10 jogando mais uma vez de centroavante, Thiago Neves pela direita e Guilherme Negueba pela esquerda, o Flamengo entrou com a proposta de dar mais velocidade ao ataque. Na volta do tempo técnico, o Fla passou a explorar os buracos deixados pela zaga tricolor, principalmente pela direita. Mesmo isso não foi o suficiente para tirar o zero do placar, e as duas equipes desceram para o vestiário com a promessa de um segundo tempo melhor.

No segundo tempo, a exemplo do clássico contra o Vasco, o Flamengo caiu de produção e abriu espaços para o Fluminense, que aproveitou e foi para cima. Luxa ainda tentou mudar a situação, tirando Renato 'Atômico' e Thiago Neves - que saiu muito vaiado pela torcida adversária - por Botinelli e Fierro, respectivamente. Mas as alterações não surtiram o efeito esperado, e o tricolor continuou pressionando, até o árbitro Pathrice Maia apitar o fim do jogo no Engenhão.

Willians em um dos muitos desarmes. O camisa oito foi mais uma vez decisivo na marcação do Flamengo.

Por falar em Pathrice Maia, o árbitro foi muito mal na partida, marcando faltas inexistentes do time do Flamengo, não dando a lei da vantagem em diversas chances de contra-ataque para ambos os times e distribuindo cartões sem nenhum critério. No fim, deu apenas dois minutos de acréscimo, o que foi pouco para um jogo tão amarrado por ele mesmo. Não foi decisivo para o resultado, mas impediu que os times tivessem liberdade para jogar.

O próximo compromisso do Flamengo é pela Copa do Brasil. O time urubu-negro viaja para o Ceará, para encarar o Fortaleza, no estádio Castelão, às 21h50 pelo horário de Brasília. Pela Taça Rio, o Flamengo joga no próximo domingo contra a Cabofriense, as 16h no estádio Claudio Moacyr.