i Botafogo tiene cojones !

Por Fabricio Teixeira

Nada mais louco do que um atacante que bate um pênalti com "cavadinha" quando o time está perdendo, certo? Loco Abreu mostra a razão de seu apelido, e ajuda o Botafogo a vencer o Fluminense, em um jogo digno de ser chamado de clássico.

Muito corre-corre, marcação individual e cerrada. Esse foi o clima inicial do jogo. As duas equipes buscando desesperadamente a vitória - que significaria, teoricamente, não enfrentar o Flamengo na semi-final. Aos 23 minutos, Renato Cajá cobrou uma falta no ângulo, sem chances de defesa para Cavalieri. O belíssimo gol, e uma bola na trave logo depois serviram para levantar a torcida alvinegra no Engenhão, que viu o time se encher de confiança e ensaiar dominar a partida.

Renato Cajá marcou um belo gol e teve uma ótima atuação contra o Flu.

Porém, aos 30 minutos, o estreante Rafael Moura recebeu os poderes de Greyskull um cruzamento e desviou para marcar o primeiro gol no retorno ao Fluminense. A situação melhorou para os filhos do papai Joel, quando Valencia foi expulso, após segundo amarelo por falta em Herrera. Aos 44 minutos, o torcedor viu a defesa do Fogão parar quando Souza cruzou uma bola na área. Fred desviou de cabeça, e após - mais uma - boa defesa de Jefferson, Rafael Moura marcou novamente pelo Flu.

Se a vantagem reinava pelo menos numéricamente, essa vantagem acabou aos 46 do primeiro tempo. Após uma canelada no argentino Conca, Marcelo Mattos recebeu cartão vermelho diretamente, igualando os times numéricamente.

Aos oito minutos do segundo tempo, Rafael Moura puxou Loco Abreu na área. Pênalti marcado, confusão, bate-boca, e o próprio Loco ajeitou a bola para a batida. Na cobrança, a já conhecida cavadinha não enganou o goleiro tricolor, que defendeu facilmente. Mesmo após essa displicência, a torcida alvinegra continuou gritando o nome do Uruguaio.

Logo em seguida, em uma jogada confusa - e há quem diga roubada - na área do Fluminense, Bruno foi derrubado por Edinho. Gutemberg (não o da prensa, o árbitro) marcou e advinha quem pegou a bola para bater? Ele mesmo! O ídolo alvinegro, Loco Abreu. E quando todos pensavam "agora não vem cavadinha", o atacante correu e....realmente não deu a cavadinha. Loco bateu sem força, mas no canto esquerdo do gol de Cavalieri, que pulou pra direita.

Loco Abreu e sua comemoração inapropriada para menos de 18.

O Fluminense correu atrás da vitória, descuidando da defesa. Aos 18 minutos, Renato Cajá, que estava muito bem no jogo, fez um belo lançamento para Herrera, que invadiu a área entre os zagueiros e chutou forte, sem chances para Diego Cavalieri. Foi a revirada do Botafogo para cima do Fluminense. Daí pro final do jogo, o Botafogo fechou a retranca, e apostou nos contra-ataques e nas grandes defesas de Jefferson - umas três, no mínimo.

Com a vitória, o Botafogo assumiu a liderança do Grupo B com 16 pontos(um a mais que o Fluminense). O próximo desafio dos Filhos de Joel é no domingo que vem, as 17h no Engenhão contra o fraco Macaé.

Clássico, gols e muita polêmica.

Por Guilherme Moreira

O título em si já resume o que foi o movimentado clássico entre Fluminense e Botafogo. Com o artilheiro e vice do campeonato a expectativa de muitos gols foi concretizada, apesar do goleador tricolor ter passado em branco.

Com o Engenhão relativamente vazio os atuais Campeões Brasileiro e Carioca entraram em campo para realizar o chamado clássico Vovô, que de vovô só tem o nome. Pois o jogo foi muito movimentado e impróprio para os tais anciães que têm doenças cardíacas. O primeiro tempo foi mais tranquilo com relação as polêmicas ocorridas na segunda parte do jogo.

Renato Cajá abriu o placar para o Glorioso em uma bela cobrança de falta, mas o Tricolor conseguiu virar com 2 gols de Rafael Moura, ele mesmo o He-man que mostrou que seus poderes de Grayskull estão funcionando. Os jogadores do Fluminense desceram para o vestiário com a vantagem no placar, mas ambos os times tiveram um jogador expulso (Valência pelo Tricolor e Marcelo Mattos para o Botafogo).

Rafael Moura marcou dois gols, mas não evitou a derrota para o Botafogo.

No segundo tempo que ocorreram as polêmicas, desde bola que pareceu ter entrado à pênalti duvidoso. Logo no começo da segunda etapa o árbitro marcou dois pênaltis para o atual campeão carioca. No primeiro Loco Abreu bateu com sua tradicional cavadinha no meio do gol e Diego Cavalieri conseguiu defender a manjada cobrança. Já no segundo, depois de muita reclamação e cartões amarelos para o Fluminense, o atacante demonstrou que só é louco no apelido, mudou o estilo da cavadinha e dessa vez bateu mais para a direita e o goleiro tricolor errou de lado.

Fred não repetiu a boa atuação dos últimos jogos pelo Flu.

O Botafogo além de conseguir igualar o placar passou a dominar a partida e pouco tempo depois abriu vantagem no placar com o argentino Herrera. A partir dos 30 minutos o atual campeão brasileiro passou a pressionar bastante e criou ótimas chances com Carlinhos em dois chutes e uma cabeçada do Neosheik Araújo, ambas pararam nas mãos do goleiro botafoguense Jefferson. Polêmico ou não terminou o jogo terminou com o placar de 3x2 para o Botafogo e a liderança do Grupo B para o mesmo.

Quarta-feira o Fluminense tem a tão sonhada estréia na Taça Libertadores da América. O jogo será contra o Argentinos Juniors no Engenhão às 22h, horário de Brasília.

Novo técnico, Novo Time e...Vitória!

Por Anderson Thiago

Na estréia do novo treinador vascaíno, Ricardo Gomes, finalmente o Vasco da Gama conseguiu ter sua primeira vitória no campeonato carioca. Com o esquema tático num 4-4-2 clássico, o cruzmaltino bateu por 3x0 o frágil Americano. Para o resto da Taça Guanabara isso não vai mudar em nada a péssima campanha do time, mas para o resto do Campeonato Carioca este resultado é como um marco de um novo início nessa temporada que vinha sendo tenebrosa. Com isso o clube de São Januário afasta totalmente o risco de rebaixamento para a segundona, já que se imagina que a partir de agora, o Vasco vai jogar como grande e ser o Vasco da Gama que todos esperam.

Ricardo Gomes conduziu o Vasco a sua primeira vitória no Carioca.

De diferente neste jogo podemos notar a mudança no esquema tático, e os jogadores que andavam desconfiados, agora retomando a confiança e se não jogaram o melhor de seu futebol cada um, pelo menos já conseguiram fazer boas jogadas. R. Gomes, deu a oportunidade para Caíque começar seu primeiro jogo como titular,e deu confiança aos laterais Fágner e Ramón para atacar com liberdade, permitiu a Eduardo Costa jogar fazendo o que sabe marcando forte e saindo dando passes rapidos de curta e também longa distância, deu novas oportunidades a Marcel e Éder Luis no ataque, e o principal destaque do time Jefferson pode jogar na posição antes ocupada por Carlos Alberto, e simplesmente dar um show, fazer um jogo impecável e deixar a impressão de que o time e a torcida não vão sentir falta do antigo capitão. Não devemos nos iludir achando que o time esta com todos os seus problemas resolvidos, devido fragilidade do adversário de hoje, o Americano é muito fraco, um time de nível muito baixo. Mas a vitória foi importante, e foi uma vitória com V maiúsculo, já que finalmente o Vasco jogou como deve, como Time Grande.

Sobre o jogo, podemos definir como um jogo de ataque contra defesa, no início do primeiro parecia que o jogo contra o Volta Redonda ia se repitir, o time cruzmaltino pressionava muito mas não concluia, mais uma vez o atacante Éder luis, que não se encontra em boa fase recebia muitos passes na cara do gol, desperdiçava inúmeras oportunidades. O Vasco conatava com Jefferson inspiradíssimo e a cada momento criava uma nova jogada. Até que um pouco depois da parada técnica, aos 35 minutos Ramón arrancou pela esquerda deu uma meia lua no zagueiro e cruzou a bola com precisão e Marcel sozinho testou a bola para o fundo da rede, fazendo Vasco 1 a 0. O resto do primeiro tempo se resumiu em ataques com chances de gol desperdiçados pelos jogadores vascaínos.

Dedé fez o segundo gol da vitória vascaína por 3 a 0.

Veio o segundo tempo, e com ele veio também Felipe, recentemente reintregado ao elenco. O segundo tempo repitia o primeiro, Jefferson agora com Felipe ao seu lado conseguia armar jogadas ainda melhores, em quanto o jogo ainda estava um a zero, o camisa 11 pos Felipe duas vezes em ótimas condições de gol, e nas duas Felipe quis dar um drible a mais e chutar, nas duas o drible teve sucesso, mas a bola não entrou em uma oportunidade foi na trave e na outra o goleiro defendeu. No lance seguinte Jefferson tabelou com Éder Luis, que tocou para Marcel que demorou um pouco para chutar e foi desarmado, a bola sobrou para o meia Jefferson que chutou e o goleiro pos para escanteio. E no escanteio batido claro por ele Jeffeson, o zagueiro e ídolo da torcida Dedé marcou o segundo gol do time da cruz de malta.

Depois da parada técnica o Vasco se acomodou um pouco, e em um lance de devaneio da zaga, o time cometeu um penâlti, muito mal batido por Felipe do Americano que foi defendido pela muralha da colina Fernando Prass. Após o susto, o Vasco voltou a pressionar muito, e o time continuava desperdiçando oportunidades, até que ele Jefferson arrancou, tabelou com Felipe, driblou dois marcadores, e no meio de mais dois chutou no canto direito do goleiro e marcou o seu gol aos 40 minutos do segundo tempo, coroando assim sua grande exibição. Daí em diante até o apito final do juiz, Rômulo perdeu grande chance de ampliar o placar, e Felipe e Marcel também em jogadas seguintes. E assim terminou a partida 3x0 para o Vasco.

Desse jogo o Vasco pode dar esperança a sua torcida de dias melhores, e um futuro melhor e de uma boa Taça Rio, mas também não pode se ludibriar e achar que tudo está resolvido, ainda são necessário reforços, muito se fala em Alecsandro do Inter e Leandro do Grêmio, mas fora estes o Vasco ainda precisará de outros nomes. Mas o que importa é que finalmente, a torcida pode mesmo que timidamente sorrir e comemorar uma vitória.

VASCO: Fernando Prass; Fágner, Dedé, Anderson Martins(Fernando) e Ramon; Eduardo Costa, Rômulo, Jeferson(Enrico) e Caique(Felipe); Éder Luís e Marcel. Técnico: Ricardo Gomes

AMERICANO: Jefferson; Élson, Júnior Capixaba, Carlao e Catatau; Renan, Índio(Guaçuí), Wellington Jacaré(Felipe) e Flávio Medina(William); Diego e Gustavinho. Técnico: Toninho Andrade

O próximo compromisso do time é contra o América, no próximo domingo, as 17h, e o local ainda nao foi definido.

A primeira vez a gente nunca esquece.

Por Fabricio Teixeira

Na segunda partida pelo Flamengo, Ronaldinho Gaúcho faz seu primeiro gol, e ajuda a equipe urubu-negra na vitória apertada contra o Boavista por 3 a 2.

O empate garantia o Flamengo nas semi-finais do Carioca. Mas os comandados de Luxa não queriam saber de jogo de cumpadre, e partiram para cima do Boavista com unhas e dentes. O adversário, sem muito o que fazer, tentava se defender e ligar contra-ataques que não rendiam muita coisa. Não pensem que o Flamengo levava muito mais perigo não! Renato e Maldonado conseguiram arrancar um "ÚÚÚÚH" da torcida em chutes de fora da área. No mais, cruzamentos e cruzamentos sem dar em nada (em grande parte, graças a Deivid).

Aos 23 minutos, Thiago Neves lançou Deivid, que passou pelo goleiro Tiago e foi derrubado. A torcida foi a loucura quando Ronaldinho pegou a bola e ajeitou na marca do pênalti. Seis passos para trás. Silêncio. O craque corre. Silêncio. Goleiro pra um lado, bola pro outro. Euforia de R10. Euforia dos 10 mil torcedores que foram ver de perto o craque desencantar.

Ronaldinho comemorou com euforia o primeiro gol com o manto rubro-negro.

Vem o segundo tempo, e com ele mais uma surpresa: em grande jogada individual, Léo Moura cruzou a bola na medida para tirar do goleiro e achar a cabeça de Deivid, que completou para o gol aos quatro minutos. O atacante, que vinha sendo vaiado pela torcida urubu-negra, foi comemorar com seus companheiros, e agradecer (com toda a razão!) a Léo Moura.

Dois minutos depois do gol que parecia ter definido o jogo, Joílson cruzou e após um desvio no meio do caminho, Frontini completou no contrapé de Felipe. O Flamengo parece ter sentido o gol, e deixou o Boavista crescer no jogo. Luxa sacou Egídio para botar Jean, e tirou Deivid para a entrada do garoto Guilherme Negueba.

As 36 do segundo tempo, Wellington errou um passe vergonhoso para Jean. Bom para Frontini, que interceptou e chutou forte da entrada da área. A torcida ainda viu bola desviar em Jean, e pegar o goleiro Felipe - que chegou a encostas na bola - novamente no contrapé.

Mas não só de Wanderleys vive a torcida urubu-negra. Aos 41 minutos, Willians brigou por uma bola dentro da área, levou na linha de fundo e cruzou. A bola passou pelo goleiro Tiago, mas não pelo atacante Negueba, que não teve trabalho para empurrar para o fundo da rede. O vencedor da Copinha assegurou a vitória do Mengão, a classificação, o primeiro lugar no Grupo A, e manteve o time como o único com 100% de aproveitamento - já que o Fluminense viria a perder o clássico contra o Botafogo.

Negueba comemora com R10 o gol da vitória e da classificação antecipada.


No próximo domingo acontece a última rodada da primeira fase. O Flamengo vai até Volta Redonda (ou pode ser tranferido para Macaé) enfrentar o Resende, as 17h pelo horário de Brasília.