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domingo, 20 de março de 2011

É O TREM BALA DA COLINA!

Por Anderson Thiago

É pra quem viu o Vasco há dois meses nunca diria que o time hoje estaria na liderança. Com o novo comandante, Ricardo Gomes, parece que o Vasco finalmente se encontrou e achou em si um identidade, o que faltava ao time no inicio da temporada. E com esse novo time, e com novos candidatos a xodó da torcida, o Gigante da Colina sapecou o (Não)Botafogo(em nada) por 2 a 0.

O Vasco entrou em campo impulsionado pela estréia do seu novo camisa dez, Diego Souza que apesar de estar em forma, ainda precisa de ritmo de jogo. E também por que o Chefe de Estado mais poderoso do mundo, Barack Obama estava ansioso para ver o jogo do Vasco, time citado pelo próprio em seu discurso. Fora isso diga-se passagem que o Vasco merece os parabéns pela homenagem as vítimas do Japão, antes com uma camisa especial e durante toda a partida exibiu a bandeira nipônica em seu uniforme.

Sobre o jogo, o Vasco foi melhor em grande parte do tempo, dominou a partida por completo sem maiores dificuldades. No primeiro tempo o time cruzmaltino já mostrou sua disparada melhor qualidade técnica, e chegou por três vezes com Éder Luís em grandes oportunidades de gol, mas que o goleiro do Glorioso (e da seleção) fez boas defesas impedindo que o Vascão abrisse o placar. Ramón também arriscou de fora da área e por pouco não marcou. Felipe e Bernardo pouco apareceram no primeiro tempo, e o estreante Diego Souza tentou na base da raça levantar a torcida, distribuiu uns passes de letras. Por parte do Botafogo, só incomodou o nosso Vascão no gol de Herrera que foi certamente anulado pelo bandeira, que não tinha muita certeza do que estava fazendo.

Diego Souza brilhou na sua estréia com a camisa do Vasco.

Na volta do vestiário o jogo recomeçou mais equilibrado. Mas é nessas horas que brilha a estrela do craque, e em um lance que ninguém acreditava que poderia dar em alguma coisa, ele acreditou. Diego Souza ganhou a bola do zagueiro do alvinegro, partiu para dentro da área a dupla de zaga da estrela solitária apenas observava, enquanto o atacante tirava de forma espetacular Jefferson da jogada e concluía com um bonito chute para abrir o placar. Jogada essa que já foi o suficiente para reforçar no estádio o apelido que Diego ganhou antes da sua estréia, o de "Animal". Que guardado as suas proporções faz alusão a Edmundo, devido ao temperamento dos dois jogadores.

Diego Souza que durante a semana falou que quer voltar à seleção, participou da jogada que gerou o escanteio do segundo gol do Vasco. Gol este, que merece um parágrafo especial.

Jogadores do Vasco comemoram o segundo gol no clássico contra o Botafogo.

Éder Luís que não é muito de fazer gols, estava na área sem muitas pretensões, mas o cruzamento do escanteio resvalou na zaga botafoguense, e sobrou nas suas costas, o mineirinho do Vasco não hesitou e mandou uma linda meia bicicleta marcando mais um belo gol para o Vasco no clássico.

O trem bala da Colina ainda poderia ter feito mais um com Bernardo que foi fominha e acabou não rolando para Ramón e desperdiçando a chance de ampliar o placar. Como punição foi substituído, no último minuto de jogo Diego Souza foi substituído e ovacionado pela torcida vascaína que foi maioria no Engenhão. O resultado gerou instabilidade e a situação de Joel no Bota ficou bem complicada no final da partida.

Com o placar o Vasco vence seu primeiro clássico na temporada, assume a liderança do Grupo A com 9 Pontos, e joga o Flamengo para a terceira colocação. O próximo compromisso do Vasco será outro clássico desta vez com outro time em crise o Fluminense, que pode ser desclassificado da Libertadores no meio de semana. Para este clássico o Gigante terá a estréia de Alecsandro o novo camisa 9 e homem gol do time. A partida também será realizada no Engenhão no mesmo horário de hoje, as 18 horas e 30 minutos. Ah e avisem aos nossos rivais, que o Juninho está voltando.

Mal dia.

Por Bernardo Mesquitella

Se no último post disse que o Glorioso estava com uma postura diferente e foi mais ofensivo do que de costume, infelizmente, tenho que dizer que a velha postura defensiva voltou. Um dos maiores problemas do time não são exatamente os jogadores escalados, e sim a postura do time. Apesar de Renato Cajá não ser uma unanimidade antes de sua transferência, penso que junto a Everton faria uma bela dupla de armação no meio de campo. Arévalo, Rodrigo Mancha e Somália possuem características semelhantes, já que os três são mais volantes de marcação do que de posse de bola, fazendo perceber como Marcelo Mattos vem fazendo falta... Como também Maicosuel...

Depois desse pequeno depoimento de insatisfação e decepção, o jogo em si. Todos sabiam que o Vasco viria mais ofensivo do que de costume, principalmente pela entrada de Diego Souza no time. O problema sempre foi esperar o adversário para atacá-lo em seguida, o nosso time tenta neutralizar o esquema do adversário para ganhar. MAS NÃO! NÃO É POSTURA DE TIME GRANDE! Acima de tudo, o adversário tem que se preocupar com isso e nós que precisamos partir para cima! Temos que agradecer a Jefferson por essa partida, com defesas importantes foi o melhor jogador botafoguense.

Embora muita gente ainda peça, acho que não seria a melhor opção demitir Joel Santana. Principalmente porque o elenco do Botafogo sofre com lesões constantes, visto Marcelo Mattos, Maicosuel e Fábio Ferreira.

Joel foi expulso no segundo tempo, e saiu vaiado por sua torcida.

Os primeiros minutos de jogo foram de total domínio do Vasco tendo várias chances para marcar mesmo antes da parada técnica. A única chance nossa foi com Arévalo, num chute bastante perigoso de fora da área. Nada mais. A segunda parte do primeiro tempo foi parecida, e Jefferson começou a aparecer como destaque do jogo. Praticou uma série de defesas seguidas e o nervosismo de quem via o jogo era claro. E nós balançamos a rede do Vasco. Infelizmente, o lance foi anulado. Loco Abreu tocou para Herrera dentro da área, o argentino chutou, marcou mas se encontrava em posição de impedimento.

Eu não paro de bater na mesma tecla que o time joga recuado demais, que só tem o contra-ataque e a bola parada como armas ofensivas e “blá blá blá”. Mas é verdade.
Na volta para o segundo tempo, o panorama ficou melhor e o Glorioso ameaçava mais o Vasco. Aos 15 minutos de jogo, numa falha “bizaaaaaaaarra” da defesa em que Rosário e João Filipe bateram cabeça, Diego Souza aproveitou e marcou. Uma falha dessas não pode ser perdoada e só escancara o nível dos nossos zagueiros. A zaga titular é Antônio Carlos e Fábio Ferreira, e mais ninguém. Após tomar um gol, Joel tirou os laterais Márcio Azevedo e Lucas, colocando Caio e Marcelo Mattos. O time pareceu bastante confuso após as substituições.

O time não reagiu e o Vasco fez outro. Numa jogada de bola parada, Dedé subiu mais alto que a zaga e Éder Luís fez outro pra desespero geral. Daquele jeito não dava. O time parecia apático e sem nenhum poder de reação. A torcida já xingava Joel, e mais uma substituição foi feita, sacando Everton e colocando o jovem atacante Alex. Ainda não entendi o porque disso, porque o time ficou com três volantes e três atacantes e totalmente perdido em campo.

A partida foi se arrastando até o final. Eu não queria acreditar. A equipe só marcava o Vasco. Jefferson fez mais uma defesa espetacular em chute de Diego Souza.

Jéfferson fez boa partida, e não teve culpa nos gols do Vasco.

Nosso Joel acabou expulso após reclamar do árbitro e o 2 a 0 foi até o final. Quem viu o jogo sabe da decepção que foi. O time precisa buscar aquele espírito de luta e superação que nos fez ganhar o Campeonato Carioca no ano passado, precisa voltar a ser um time de garra e raça. Demitir o Joel não é a solução. Precisamos de mais do que isso.

Sem vencer, nem convencer.

Por Fabricio Teixeira

Desfalcado de Ronaldinho Gaúcho e de Thiago Neves - ambos suspensos por três amarelos - e de Barack Obama - que foi discursar na Cinelândia - o Flamengo jogou sem brilho, e ficou no 0 a 0 com a Cabofriense. Pela primeira vez desde o início do Cariocão, o urubu-negro vai dormir fora da zona de classificação.

O Flamengo entrou em campo para provar que "Nem só de R10 vive o Flamengo". E falhou vergonhosamente. Mesmo concordando que o 10 da Gávea não vinha jogando nem metade daquele futebol que nós conhecemos, na hora H ele fez falta. O Flamengo encontrou dificuldades na saída de bola, e os substitutos Bottinelli e Guilherme Negueba não deram conta do recado. As melhores opções do time vieram dos pés de Renato "Atômico" e Willians, que arriscavam de longe. A Cabofriense assustou o gol de Felipe umas duas, ou três vezes, e o jogo foi para o intervalo na esperança de um segundo tempo melhor.

Diego Maurício jogou bem, mas não conseguiu tirar o zero do placar.

O urubu-negro voltou para a segunda etapa com Diego Maurício e Fierro no lugar de Negueba e Maldonado. A mudança deu mais velocidade ao time, e Diego se mostrou mais eficiente que Negueba, e ao longo da partida levou perigo ao gol adversário. Luxa sacou Bottinelli e pôs Deivid no seu lugar. Pela primeira vez, o Flamengo jogou com dois centroavantes de ofício, prova do desespero pelo gol. Na parada técnica, o treinador urubu-negro se desesperou, gritou até ficar vermelho, e usou todo o seu imperativo na frase: "Entra lá e ganha esse jogo!!!".

Apesar do sutil conselho do treinador, o time voltou ainda na marcha lenta e, derrepente, os mais pessimistas dos torcedores chegou a ver a derrota, a medida em que o Flamengo perdia muitas chances e a Cabofriense dava cada vez mais trabalho ao gol de Felipe. Aos 49 minutos, o árbitro Rodrigo Nunes apitou o fim do maçante 0 a 0 no Moacyrzão.

Obama deve embarcar amanhã para os EUA e é dúvida contra o Madureira.

Não sei se foi a falta de Ronaldinho, ou o pé-frio de Obama. A verdade é que o empate foi sim um resultado ruim para o time do Flamengo. Com 8 pontos, fomos ultrapassados pelo Vasco e pelo Boavista, ambos com 9 pontos. O próximo confronto é somente no próximo domingo, já que o Fla despachou o Fortaleza pela Copa do Brasil sem necessidade de segundo jogo. Dia 27, Flamengo e Madureira, as 16h no Moacyrzão. Vamos mostrar que ainda estamos na briga pela Taça Rio e dizer "Yes, We Can!".

Novo Vexame.

Por Guilherme Moreira

Novamente jogando contra o Boavista o Fluminense perde e se complica na taça Rio já que o Olaria venceu o América. O tricolor ocupa agora a terceira posição e está a dois pontos do time da zona da Leopoldina.

Hoje realmente não era o dia do tricolor, logo no primeiro tempo o time perdeu Carlinhos e Leandro Euzébio (acho que essa perda foi até boa), em seus lugares entraram Júlio César (que não jogou absolutamente nada) e Digão, respectivamente. O time não jogava bem, chegou bastante ao ataque, mas não conseguia transformar suas boas jogadas em gols. A melhor chance foi com Rafael Moura que depois de ótima jogada de Conca chutou para a defesa do goleiro Thiago. Para piorar a situação o Boavista ainda fez um gol em bela cobrança de falta de Gustavo, ele chutou a bola do meio da rua (eles adoram fazer gol assim contra o Flu) sem chances para Berna.

Ricardo Berna se esforça, mas não alcança a cobrança de falta de Gustavo.

No segundo tempo o jogo continuou na mesma: o Fluminense atacava, mas nada de gol, e sempre tomando contra-ataques depois de suas chances falharem. Fred entrou logo no começo da etapa, até jogou bem, mas nada pôde fazer já que a bola não chegava de forma limpa para que ele pudesse fazer o gol. Para piorar a situação o Boavista não parava de pressionar, ai você pensa: “desse jeito logo logo vai sair um gol” se você pensou isso... parabéns!! Você acertou! Em nova falha da defesa, Joílson encontrou Max livre e em posição legal. Depois disso o Flu tentou reagir mas já era muito tarde. Após o apito final o time saiu sob vaias e xingamentos.

O Sheik Emerson teve uma atuação ruim, e não conseguiu balançar a rede do Boavista.

O próximo vexame jogo do tricolor é contra o América do México no Engenhão às 22 horas, horário de Brasília, de quarta-feira. O jogo é daqueles que são comumente chamados de vida ou morte, caso o Fluminense perca pode representar a eliminação da competição.